A Muralha de Moura, também conhecida como Cerca de Moura, é um imponente conjunto arquitetônico que remonta ao período colonial brasileiro. Edificada no século XVIII, desempenhou um papel crucial na defesa da cidade de Salvador, Bahia, contra invasões externas. Hoje, a Muralha de Moura é um patrimônio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e um importante atrativo turístico da capital baiana.
A construção da Muralha de Moura foi iniciada em 1717, durante o governo do então governador da Bahia, Pedro de Moura. O objetivo era fortalecer o sistema defensivo da cidade, que vinha sendo alvo de constantes ataques de piratas e invasores estrangeiros. A muralha foi projetada pelo engenheiro militar José da Silva Paes, que se inspirou em fortificações portuguesas no Norte da África.
A construção durou cerca de 15 anos e envolveu o trabalho de centenas de escravos e trabalhadores livres. A muralha foi erguida com blocos de pedra calcária extraídos de canteiros próximos e argamassa de cal. Possui aproximadamente 2,5 quilômetros de extensão e 12 metros de altura, com espessura variando entre 1,4 e 2 metros.
A Muralha de Moura é composta por uma série de bastiões, torres salientes que permitiam uma visão ampla do entorno e um melhor posicionamento dos canhões. Ao longo de seu trajeto, existem também baluartes, estruturas mais complexas que abrigavam alojamentos para soldados, depósitos de munição e outras dependências.
A muralha é encimada por um parapeito, uma estrutura de proteção que permitia aos defensores disparar contra os invasores sem serem expostos. Em alguns pontos, a muralha é ladeada por fossos, que dificultavam o acesso ao seu interior.
A Muralha de Moura desempenhou um papel fundamental na defesa de Salvador durante o período colonial. Seu imponente tamanho e estrutura defensiva tornaram-na uma barreira quase intransponível para os atacantes. Graças à sua proteção, a cidade resistiu a diversos ataques, incluindo o famoso Cerco da Bahia de 1638, quando foi invadida e ocupada pelos holandeses.
Além de sua importância militar, a Muralha de Moura também foi um importante marco urbanístico e social. Sua construção gerou empregos, estimulou o comércio e contribuiu para o crescimento e desenvolvimento da cidade.
Em 1938, a Muralha de Moura foi tombada pelo IPHAN como patrimônio histórico e cultural nacional. Desde então, passou por diversos processos de restauração e manutenção para preservar sua integridade e beleza original.
Atualmente, a muralha é um importante atrativo turístico, oferecendo aos visitantes uma oportunidade única de apreciar a arquitetura colonial e a história de Salvador. Ao longo de seu percurso, existem diversos pontos de observação que proporcionam vistas panorâmicas da cidade e da Baía de Todos-os-Santos.
Tabela 1: Fases da Construção da Muralha de Moura
Fase | Período | Características |
---|---|---|
Início | 1717 | Projeto e início das obras |
1ª Etapa | 1717-1724 | Construção dos primeiros trechos |
2ª Etapa | 1724-1733 | Ampliação e reforço da muralha |
Conclusão | 1733 | Finalização das obras |
Tabela 2: Características Técnicas da Muralha de Moura
Característica | Medida |
---|---|
Extensão | 2,5 km |
Altura | 12 m |
Espessura | 1,4-2 m |
Número de Bastiões | 5 |
Número de Baluartes | 4 |
Tabela 3: Pontos de Observação na Muralha de Moura
Ponto de Observação | Localização | Vista |
---|---|---|
Forte de Santo Antônio | Início da muralha | Baía de Todos-os-Santos |
Bastião do Boa Vista | Centro da muralha | Cidade Alta |
Baluarte da Conceição | Final da muralha | Subúrbio Ferroviário |
Prós:
Contras:
R: A entrada é gratuita.
R: A muralha está aberta ao público todos os dias, das 8h às 18h.
R: Não, animais de estimação não são permitidos dentro da muralha.
R: Sim, há banheiros públicos em alguns pontos ao longo do percurso.
R: Sim, é permitido tirar fotos para uso pessoal.
R: Você pode obter mais informações no site do IPHAN ou no Centro de Informações Turísticas de Salvador.
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